domingo, 9 de junho de 2013

Como tudo começou

A corrida apareceu na família com meu tio Paulo, que incentivou meu pai, que se casou com minha mãe. 

Dessa história de amor, dois espermatozoides fecundaram óvulos. O primeiro que ganhou aquela corrida deu origem a mim. Dois anos e meio depois, o vencedor da corrida deu origem ao meu irmão. Desde muito cedo, sabíamos que pra viver, era preciso correr!

Após o casamento, meu pai pôs minha mãe pra correr (apenas literalmente, ainda bem!). Esse também seria o destino dos dois filhos, tão logo suas articulações estivessem preparadas para a prática da corrida. Antes de isso acontecer, no entanto, todo santo domingo, eu e o Lucas éramos acordados para andar de bike, acompanhando meu pai e minha mãe em sua corrida. (Nos domingos de manhã, muitos iam à missa. Nós íamos ao Ibirapuera, e essa atividade também era sagrada).

Mas, nem sempre tudo foi flores... A preguiça ainda fazia parte do meu dicionário e muitas vezes eu torcia para que eles fossem correr e me deixassem dormindo. Depois de um tempo, a bike começou a ficar em casa, e comecei a correr com meus pais. Por volta dos 10 anos de idade, meu pai, já então diretor da CORPORE (associação de corredores que organiza corridas de rua), me levava para corridas infantis. Muitas vezes, porém, isso tudo ainda era algo parecido com uma obrigação. Como minha mãe sempre dizia, corríamos por “livre e espontânea pressão”! 

E depois de “aquecida” nessa panela de pressão, comecei a pegar gosto pela coisa.

Lá por volta dos meus 15 anos, passei a correr de verdade. Não que antes fosse de mentira, mas é que dali em diante, a corrida passou a fazer parte da minha vida de um modo meu. A decisão de correr já não era dos meus pais, mas minha. O incentivo continuaria sempre (e certa cobrança também), mas eu já sabia da importância da atividade física...

Como toda menina, fiz balé. Depois tentei ginástica olímpica, jazz, vôlei e tênis (esses dois últimos, ninguém jamais diria!)... Fiquei um bom tempo na natação. Fiz dança contemporânea e karatê. Na faculdade, experimentei até o judô. E durante todo esse tempo, a corrida sempre esteve ali...

Como já faz 10 anos, e daquela época não temos tantos registros, é difícil dizer quando fiz meus primeiros 6, 10, 15, ou 21km...

Sei que no final de 2006, corri uma São Silvestre (15km), debaixo de muita chuva. Lembro-me de passar pela Sanfran e dizer: “Mãe, olha a minha escolinha!”... Dois meses depois isso seria realidade. E foi então que eu entrei para a Equipe Flecha, como fundista. Em 2007 e 2008, eu não faltava por nada aos treinos  de atletismo (no belo horário das 22h à meia noite). A questão é que em 2009 decidi que esses treinos não correspondiam exatamente ao que eu mais gostava: correr longas distâncias. (As provas femininas de fundo mais longas tinham 3km.)

Sei também que em abril de 2008 corri minha primeira prova de meia maratona, pela CORPORE (agora todos vocês já sabem que se a maratona tem 42km, a meia tem 21km).

Pois bem, esse era só o começo... Nem fácil, nem tão difícil, mas certamente uma largada.

4 comentários:

  1. Má ficou muito legal esse segundo post, ainda mais por me enxergar um pouquinho nele também....
    Ah e comecei a seguir seu blog.
    Sou seu primeiro seguidor, e sempre serei como você já sabe!

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    1. Lu, você é lindo!
      Tenho muita sorte por ter o melhor irmão do mundo!
      Obrigada!

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  2. Família mais linda!!
    Amo muito!!!

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    1. Ah, Marthinha, linda é vc! E também te amamos muito!
      Principalmente agora que vc tbm virou uma atletinha!

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